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Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos
(Provérbio antigo)



domingo, 1 de novembro de 2009

MEDICINA HEBIATRA: VOCÊ SABE O QUE É?...


Na área da Medicina existem a Pediatria e Hebiatria. A primeira trata de crianças e a segunda oferece atendimento a adolescentes. Para muitos a Medicina Hebiatra é novidade. Essa especialidade é importante especialmente nos dias de hoje, em que os pais estão encontrando muita dificuldade em lidar com os filhos adolescentes e por outro lado os adolescentes entram em conflitos a partir de si mesmos. Eles, os adolescentes, têm dúvidas principalmente quando entram na fase de mudança do corpo ou no que tange a sexualidade, e muitos pais sentem vergonha ao falar sobre o assunto. Existem os conservadores e os que simplesmente não sabem como explicar. Por outro lado os filhos também sentem-se envergonhados, afinal trata-se de intimidade. O Diálogo entre pais e filhos é importantíssimo, fundamental. 
Conheça a Hebiatria:

Se seu filho é adolescente, leve-o a um hebiatra

Rosana Ferreira





A garota de 14 anos está angustiada com as transformações de seu corpo e fica infeliz ao se olhar no espelho. Preocupada com a crise de auto-estima da filha, a mãe resolve levá-la ao pediatra, como tantos pais fariam, afinal o médico acompanhou todo o crescimento da menina desde os primeiros passos. Mas ela não se mostra à vontade em meio a bebês, crianças e brinquedos na sala de espera do consultório do especialista. Por conta dos protestos da filha, a mãe resolve pesquisar e descobre que há médicos especializados no atendimento a adolescentes. Trata-se da hebiatria (em referência à Hebe, deusa da juventude na mitologia grega), especialidade médica que começou a ganhar adeptos na década de 1950 nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, chegou na década de 1970. Para ser hebiatra, o profissional precisar se formar em pediatria e fazer dois anos de especialização em hebiatria.







» Saiba o que acontece na primeira consulta a um hebiatra



» Principais problemas que levam os jovens ao médico



» Chat: tecle sobre o assunto







Para elucidar as dúvidas sobre a especialidade, dois especialistas falaram ao Terra: Maurício de Souza Lima, hebiatra da Unidade de Adolescentes e coordenador do Ambulatório dos Filhos de Mães Adolescentes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP); e Ligia Reato, coordenadora do Instituto de Hebiatria da Faculdade de Medicina do ABC e vice-presidente do Departamento de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria. Confira as respostas:







1- Qual é a faixa etária atendida pelo hebiatra?



Os hebiatras, na teoria, seguem o que dita a Organização Mundial (OMS): adolescência é o período entre os 10 e 20 anos. "Na prática não é tão simples, já que a puberdade é a fase definida pelas primeiras mudanças no corpo e pode ocorrer até antes dos 10 anos. E também a entrada na vida adulta depende de muitas variáveis", diz Ligia.







2- O que diferencia a hebiatria da pediatria e da medicina com enfoque na vida adulta?



Além do conhecimento da parte física (hormônios, nutrição) e dos principais problemas de saúde dessa fase da vida, que são diferentes das crianças e dos adultos, o hebiatra precisa ter um olhar psicoemocional para perceber e lidar com novas situações que se colocam para os adolescentes, como iniciação sexual, uso de drogas, gravidez na adolescência, comportamentos semelhantes ao grupo e violência urbana.







3- Por que a necessidade de um médico para adolescentes?



Além de ser uma fase marcada por muitas e rápidas mudanças do ponto de vista biológico, é na adolescência que se definem identidade, capacidade reprodutiva, orientação sexual, enfim o jeito de pensar e encarar o mundo. "Movido pela curiosidade, muitas vezes o adolescente pode se expor a riscos, principalmente quando está com o grupo de amigos", alerta o hebiatra da USP. Isso porque, explica Ligia, "a experimentação e onipotência, a sensação de que nada vai acontecer comigo, são características dos jovens".







4- Como abordar assuntos polêmicos com os jovens?



Souza Lima sugere que a comunicação deve ser feita no dia a dia, aproveitando os assuntos como sexo, drogas e violência abordados na TV, revistas, jornais, na rua, na escola. "Os pais devem perguntar a opinião dos filhos, assim como eles mesmos precisam expor o que pensam aos jovens." Ligia explica que a consulta é estruturada para tocar nesses assuntos também. "A menina dificilmente vai dizer que a menstruação atrasou e acha que está grávida. Então abordamos sempre a sexualidade e acabamos descobrindo".







5- Que tipo de orientação o hebiatra dá aos pais em relação à sexualidade?



"Embora os adolescentes estejam se separando da família nessa fase da vida, orientamos os pais a continuarem tentando sempre a conversa. Muitos adolescentes podem parecer refratários, mas acabam agradecendo depois", relata Ligia. Segundo a hebiatra, eles precisam de pessoas que o escutem e sejam boas referências. "Os esportes, por exemplo, são ótimas opções, pois deixam o jovem longe das drogas e contribuem para a formação", diz ela. Além disso, os pais precisam estar atentos e acompanhar os passos dos filhos, cuidando para não cair numa relação "policialesca".









Saiba o que acontece na primeira consulta a um hebiatra
Rosana Ferreira







O hebiatra Maurício de Souza Lima, autor do livro Filhos Crescidos, Pais Enlouquecidos (Editora Landscape), esclarece as etapas que fazem parte da primeira consulta ao especialista em adolescentes.







» Se seu filho é adolescente, leve-o a um hebiatra







Na primeira etapa da consulta, o adolescente vai acompanhado da mãe ou do pai no consultório para esclarecimentos de como ocorrerão as consultas. Na segunda, o adolescente vai para a sala de espera e os pais ficam na sala do médico. Na terceira, os pais vão para a sala de espera e o adolescente volta para a sala do médico.







Segundo o Código de Ética Médica, o adolescente tem direito à privacidade durante a consulta, ou seja, pode ser atendido sozinho se quiser. "Isso é primordial", afirma Lima. Assim, nas seguintes o jovem é atendido sozinho, mas os pais podem conversar com o médico sempre que quiserem.







Cada um na sua



A privacidade é importante, segundo Lima, porque o adolescente pode conversar com o médico sobre assuntos que não conversaria se a mãe ou pai estivessem ao lado, como questões relacionadas à atividade sexual, curiosidade sobre drogas ou outros assuntos complicados. "Neste momento, o médico conversa a respeito das situações de risco em que ele pode estar se envolvendo", diz o hebiatra.







Outra situação que justifica a ausência dos pais dentro da sala do médico é que, nessa fase da vida, começam a ocorrer mudanças físicas do corpo, e muitos adolescentes se sentem envergonhados em trocar de roupa na frente dos pais. Dessa forma, o exame físico também acontece sem a presença deles.







No entanto, a hebiatra Ligia Reato, autora do livro Hebiatria - A Medicina da Adolescência (Editora Roca), em parceria com Jacques Crespin, defende o sigilo desde que o adolescente não corra risco de vida. "Nesse caso, é preciso avisar o adolescente que vai relatar o problema aos pais. Falar abertamente mantém o laço de cumplicidade, essencial para a relação entre hebiatra e paciente", diz ela.







Principais problemas que levam os jovens ao médico
Rosana Ferreira







Conheça as principais preocupações dos adolescentes, segundo os hebiatras. No consultório, é comum eles ouviram as seguintes queixas:







» Se seu filho é adolescente, leve-o a um hebiatra







Meninos



- Crescimento: geralmente, porque acham que estão muito baixinhos em relação aos amigos



- Falta de músculos: querem começar a fazer academia muito cedo



- Tamanho do pênis: perguntam se são "normais"



- Ginecomastia: aumento excessivo das mamas



- Acne: a preocupação estética é forte nesta fase







Meninas



- Mudanças do corpo: crescimento dos seios, sobrepeso, estrias



- Menstruação: atrasos, fluxo etc.



- Dúvidas sobre anticoncepcionais: querem iniciar a vida sexual de forma segura



- Acne



- Distúrbios alimentares: cresce o número de pacientes com anorexia e bulimia.







































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